sexta-feira, 7 de agosto de 2009

3) LinkedIn: A Revisão dos Efeitos da Rede

Você se registrou no LinkedIn, porque todos disseram que era a primeira rede social voltada para profissionais. Mas a quem você deveria se conectar? De acordo com alguns usuários poderosos, há algumas formas comuns de aproximação, e a maioria delas é diferente daquelas usadas no Facebook.

Na medida em que as pessoas montam suas conexões no LinkedIn, alguns usuários pensaram bastante sobre a qualidade de seus contatos contra a quantidade que conseguem. De acordo com analistas de serviços voltados a usuários, estabelecer a melhor forma de se criar uma conexão poderia, a longo prazo, determinar o retorno que conseguirá do LinkedIn.

De acordo com Jonathan Yarmis, um diretor de pesquisas na AMR Research, um usuário do LinkedIn deveria (consciente ou subconscientemente) decidir aplicar integralmente a Lei de Metcalfe – o “efeito rede”, cuja premissa é que o valor de uma rede de contatos é proporcional ao quadrado do número de usuários do sistema. Isso é especialmente tentador para usuários no LinkedIn desde que não utilizem informações tão pessoais quanto as que usam, por exemplo, no Facebook.

Yarmis diz que “aceita quase todas as conexões que recebe no LinkedIn, desde que não seja considerado um “spammer”, porque isso aumenta a abrangência da minha rede de contatos”. “Uma vez que não estou compartilhando muita informação, não há demérito em compartilhá-la. Meu filtro aqui é: ‘Em algum momento eu vou querer saber onde você estará? Você poderá agregar valor a mim? ’“.

Mas no geral, para as redes sociais de hoje, Yarmis diz que a Lei de Metcalfe, a qual foi criada para a Ethernet e não para Web, não tem muita eficiência para os usuários. Ele diz que isso é bem verdade no Facebook, onde as informações são mais pessoais que no LinkedIn.

De acordo com especialistas, a Lei de Metcalfe sobre os efeitos das redes não deveria ser aplicada por usuários para determinar quantas conexões poderiam ser feitas em serviços com o LinkedIn. Imagem cedida pelo Wikipedia.


Justin Smith, que comanda o blog “Dentro do Facebook”, também tem esse sentimento. Ele concorda que a Lei de Metcalfe não se aplicaria literalmente ao assunto sobre “aumento de conexões” em redes sociais, porque o ato de estabelecer uma conexão com outro usuário não abre, necessariamente, um canal de comunicação, o que acontecerá será que a restrição de privacidade existente entre essas duas pessoas se perderá.“.
Os parâmetros de privacidade do Facebook, ele complementa, torna possível aos usuários fazer alguém “amigo”, mas compartilhando menos informações.

“Sites como o Facebook possibilita aos usuários aumentar a quantidade de conexões entre eles parametrizando as restrições de privacidade de maneira diferente para cada amigo,” ele diz. “Isso maximiza o valor de cada conexão permitindo maior compartilhamento de informações com usuários confiáveis e menos com os menos confiáveis.”

Mas no LinkedIn, a maior parte das informações compartilhadas pelos usuários é profissional, assim, fazer uma conexão que não foi bem examinada, não trará tantos benefícios.
Até onde você pode ir com isso?

Bill Austin, um especialista em marketing da internet, tem aproximadamente 8000 conexões no LinkedIn. Ele diz que a forma como as pessoas se conectam no Linkedin pode ser identificada de algumas maneiras diferentes.

Primeiro, ele diz que há aqueles que simplesmente confiam no efeito da rede (quanto mais melhor), se conectando a qualquer um e com todos.

Outros, ele diz, querem manter sua rede muito limitada, insistindo em conhecer bem o usuário antes de estabelecer a conexão, seja profissional ou pessoalmente.

“Todos eles estudaram em uma mesma universidade ou saem para tomar café e negociar uns com os outros,” diz Austin. “Eles apenas se conectam com pessoas que conhecem, gostam ou negociam”.

Ainda há os usuários híbridos, que não precisam conhecer os usuários pessoalmente, mas exigem que uma solicitação de conexão não seja o que Austin chama de “enlatada” – em outras palavras, não se pareça com um spam. Esses usuários, diz Austin, também estão mais propensos a acionar o temível botão “Eu não conheço essa pessoa” quando estiver respondendo a uma solicitação de conexão com outro usuário do LinkedIn. Essa ação contribui com o encerramento da conta de um usuário se o LinkedIn decidir que essa pessoa é um “spammer”.

Austin recomenda que se faça conexões livremente, desde que a pessoa que esteja tentando estabelecer contato não se caracterize como um “spammer”. Ele desencoraja o uso do botão “Eu não conheço essa pessoa”, uma vez que você conhece mais pessoas do que imagina.

Por exemplo, se você faz uma apresentação para 50 pessoas, e uma dessas pessoas pedir para ser seu contato no LinkedIn, não seria muito legal diminuir o valor dessas pessoas no LinkedIn dizendo que você “não a conhece”.

De acordo com Yarmis, dependerá, enfim, da sua rede (e das pessoas nela) decidir quem deverá se tornar uma conexão ou não, ou seja, “o valor de uma rede de contatos depende da interatividade com o tipo de pessoas, a quantidade e o volume da interação corretos“.

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http://www.cio.com/article/495098/LinkedIn_Bible_Everything_You_Need_to_Know_About_the_Social_Network_for_Professionals_?source=CIONLE_nlt_insider_2009-06-17 - stories by C.G. Lynch © 2008 CXO Media Inc.

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