terça-feira, 7 de julho de 2009

Gerente de programa ?!?!?

Por mais estranho que o termo possa parecer, essa é a denominação do profissional que trabalha num escritório de gerenciamento de projetos (também conhecido por PMO - Project Management Office).

Um programa, na sua forma mais abrangente, pode ser entendido como um conjunto de projetos visando um mesmo objetivo. No entanto, ao observar o tema mais a fundo, pode-se verificar que as diferenças são maiores que as semelhanças e, em função disso, faz-se necessário um gerenciamento diferenciado daquele utilizado para projetos.

Quando falamos de projeto, duas de suas características fundamentais são o escopo (aquilo que deve ser entregue) e o prazo (quando deve ser entregue). Assim, costuma-se dizer que "um projeto tem início, meio e fim". Já no caso do programa, estas características não são tão determinantes. Eu diria que "tem um começo, muita coisa pode acontecer pelo meio e terá um fim". O fim será atingido quando se comprovar o retorno sobre o investimento (ROI - Return On Investment) planejado para o programa.

Enquanto num projeto o gerente está empenhado em produzir e entregar seus artefatos. Num programa, o papel consistem em administrar conflitos e gerar as condições necessárias (atuando como "facilitador") para que suas equipes de projeto desenvolvam suas atividades. Mesmo que para isso, seja necessário alterar o escopo de algum projeto ou, até mesmo, criar um novo projeto associado ao seu programa.

E a ferramenta de gestão? Pode ser a mesma? Não. Num projeto, o cronograma bem administrado pode ajudar a replanejar suas atividades, indicar sobrecargas, etc. Quando estamos num programa, o cronograma também tem sua utilidade na obtenção de informações detalhadas sobre o projeto. Mas, já imaginou abrir um Project e identificar um desvio pequeno num arquivo com 30.512 linhas? Neste caso, o gerente de programa deve saber estabelecer e monitorar indicadores que o auxiliem a identificar os desvios e, também, indiquem a possível correção do mesmo.

As diferenças não param por aí. E para complicar um pouco mais, existe também o "Gerente de Portfolio" (sobre o qual escreverei em outra oportunidade) que se diferencia ainda mais dos gestores de projeto e de programa.

Modismo ou não, devemos nos acostumar a estes termos, que são cada vez mais comuns em nosso meio. Mais que nos acostumar, devemos garantir o entendimento e a valorização profissional, num mercado onde nem sempre a experiência comprovada é determinante para seu sucesso!

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